Postagem em destaque

QUEIJO COM MEL DE ENGENHO OU NUTELLA OU BRIGADEIRO SERVIDOS NA PEDRA QUENTE

Só Alegria degustando Queijo de coalho assado sai na Pedra Quente agora com Mel de engenho ou  Nutella ou Brigadeiro 👍👍👍🇧🇷🇧🇷🇧🇷

quarta-feira, 20 de maio de 2015

FAZENDA ESPIRITO SANTO ORIGEM NA CRIAÇÃO DO MUNICIPIO DE OURO BRANCO

História de Ouro Branco Origens Localizado na Região Seridó, sertão do estado do Rio Grande do Norte, em sua porção centro-sul, o município de Ouro Branco-RN tem suas origens remontadas às frentes de expansão promovidos pela então Coroa Portuguesa, no século XVIII. Nesta região, a criação de gado era mais propícia para a promoção do povoamento. A Fazenda Espírito Santo, marco inicial, fora demarcada ainda na década de 1750, segundo registros históricos da Igreja Católica. Serafim de Souza Marques e Antônio Carvalho de Aguiar, moradores da Fazenda Espírito Santo, endossaram pedido ao Bispado de Olinda, no ano de 1790, para que fossem declarados fregueses de Santa Ana do Seridó, e não do Termo de Patos, como era até então. O mesmo pedido também se observou da então Fazenda Desterro, uma das mais antigas fazendas da região, onde hoje se localiza o sítio Esguicho. A ocupação do espaço aonde viria a ser, posteriormente, a cidade de Ouro Branco, se deu de maneira semelhante às demais cidades da região: a partir da implantação de fazendas de gado. Logo as fazendas adquiriram o caráter de “fazendas de pastoreio”, que, com o tempo, passaram a ser centro aglutinador da vida social dos moradores locais, bem como de onde se irradiou a cultura da civilização do sertão. A presença de padres sesmeiros foi recorrente, o que facilitou e favoreceu a penetração e enraizamento do catolicismo na região. Dentro das residências era comum a existência de oratórios, lugar sagrado e onde se orava, faziam-se preces, se celebravam missas, casamentos e batizados. As cerimônias religiosas eram realizadas na fazenda Espírito Santo, membro espiritual da freguesia senhora de Santa’na do Seridó, ou na sede da freguesia. Com a intensificação da dinâmica social, no decorrer dos anos, surge um incipiente espaço urbano, percebendo-se já a realização das feiras livres, quando a realidade em volta do sertanejo foi adquirindo novos traços, tecendo um novo contexto, e que identificariam desde então o cotidiano e identidade regional, através de elementos próprios da vivência do sertanejo. A Fazenda Espírito Santo daria origem ao Povoado de mesmo nome. Assim, fruto do crescente povoamento, havia necessidade de se comercializar principalmente produtos provindos da terra, necessariamente cereais indispensáveis para alimentação e sobrevivência dos moradores. Observando este “incipiente comércio”, segundo denominação de historiadores locais, dois moradores do lugar, Cirilo de Souza, conhecido popularmente como o “velho do Poção”, e possível descendente dos primeiros ocupantes da fazenda; e Manoel Correia, do sítio Cobiçado, tiveram a iniciativa de organizarem uma feira, a qual fora realizada em 16 de Julho de 1905, depois de conseguirem o reconhecimento e aprovação oficiais do presidente da Intendência de Jardim do Seridó, Felinto Elíseo de Azevedo. A feira, que é marcada pela historiografia local como sendo a origem da cidade de Ouro Branco, foi realizada próximo às primeiras moradas, onde atualmente situa-se a Rua tenente Manoel Cirilo, ou “Rua de Baixo”, e seria realizada todos os domingos, como ocorre até os dias atuais. De início, eram comercializados, debaixo de uma espécie de barraca, erguida com madeira e palhas de coqueiro, produtos como feijão, milho, carne, utensílios de barro, e muitos outros produzidos na própria região e serviam para a lida na terra. Por volta de 1917, fez-se essencial a construção de uma capela, ao redor da qual iam se aglomerando as moradas dos habitantes, o que viria a se formar posteriormente a cidade. O terreno para a construção da Capela fora doado pelo casal Maria Florinda da Conceição e João Melquíades de Oliveira. A bênção da pedra fundamental foi proferida pelo Monsenhor Francisco Severiano de Figueiredo, em 21 de Dezembro de 1916. A construção da Capela se deu em regime de mutirão, sendo o Tenente Manoel Cirilo, filho de um dos fundadores do município, o coordenador dos trabalhos. A construção da Capela, assim, representou a institucionalização do Catolicismo oficial, compondo-se uma rede cultural religiosa e instituindo-se, através da rede formal e informal, a mentalidade do ouro-branquense. As missas, casamentos e batizados, que antes eram celebrados em uma grande latada erguida dentro do cemitério ou em casas particulares, passaram a ser celebrados na Capela. Antes disso, porém, já existia a “Casa da Oração”, onde os moradores prestavam homenagens aos seus santos e santas. Devido ao fato de esta casa situar-se do outro lado do Rio Quipauá, em anos de inverno dificultava-se o acesso a esta, daí a necessidade de se trazer o local sagrado de ritos e celebrações para o lado onde se construía a futura cidade. Contam os mais velhos que a Festa do Padroeiro, o Divino Espírito Santo, era realizada, assim como nos dias atuais, em Outubro, devido o fato de que era tempo da apanha (colheita), beneficiamento e comercialização do algodão, abundante na região. Era época em que podiam ter dinheiro para comprar roupas novas, ofertar aos santos e santas o fruto de seu trabalho, além de propiciar a confraternização com familiares e amigos depois das novenas e missas. A Festa do Padroeiro deveria, seguindo o calendário cristão, ser realizada de Maio para Junho, quando ocorre a Solene Celebração de Pentecostes. Política Em 1934, através do decreto estadual nº 11, de 11/10/1934, foi criado o Distrito de Ouro Branco, que deixava a condição de povoado, recebendo tal nome em alusão ao algodão, produto dominante na região. O distrito era subordinado ao município de Jardim do Seridó. Com o decreto-lei estadual nº 268, de 31/12/1943, o distrito de Ouro Branco passou a chamar-se Manairama. Finalmente, com a lei estadual nº 146, de 23/12/1948, o distrito de Manairama volta a denominar-se Ouro Branco. Elevado à categoria de município com referida denominação, pela lei estadual nº 907, de 21/11/1953, acompanhou-se o seu desmembramento de Jardim do Seridó, instalando-se oficialmente em 1º/01/1954. Em 1953, como se vê, dava-se a Emancipação Política de Ouro Branco, depois de tentativas e resistências na Assembléia Legislativa e no próprio município. Luiz Basilisso, morador da localidade, conhecido popularmente como um “curandeiro”, junto ao Deputado Estadual João Guimarães, conseguiu levar à frente o projeto emancipacionista, sendo considerado por historiadores locais como patrono da Emancipação. A primeira eleição municipal ocorreu em 1954, sendo disputada por dois partidos: a UDN, que tinha como candidato Luiz Basilisso, mediador e condutor do processo de emancipação, e o PSD, representado pelo senhor Manoel Nogueira do Nascimento, ligado à influente família dos Medeiros, de Jardim do Seridó. O candidato de melhor aceitação popular, segundo a história local, era o primeiro. Porém, venceu o segundo. Este assumiu o poder em 1º de Fevereiro de 1955, e governou até 31 de Janeiro de 1959.
História de Ouro Branco

Nenhum comentário:

Postar um comentário